quinta-feira, 1 de agosto de 2013

CLÁUDIA SILVA, PRATICANTE DE JETSKI

Mais apoios para
a modalidade

O JETSKI É CONSIDERADO UM DESPORTO CARO. É DE FACTO ASSIM? QUAL O INVESTIMENTO NECESSÁRIO ÉPOCA A ÉPOCA E QUE DIFICULDADES SÃO NECESSÁRIAS ULTRAPASSAR?
Não acho. O investimento inicial de um jetski é caro, mas pode-se manter o mesmo jet por muitos anos. Durante a época, o investimento mais caro está relacionado com o combustível para treinos e provas, além dos transportes para fora da ilha, já que os apoios são poucos ou nenhuns. É fácil encontrar fatos, capacetes e restante material a bons preços e a manutenção do jet é muito pouca.

COMO ANALISA O MOMENTO DO JETSKI NA ILHA E A IMPORTÂNCIA QUE A MODALIDADE REPRESENTA NO CONTEXTO DO DESPORTO REGIONAL?
Acho que o jetski na ilha e mesmo nos Açores está muito bem. Tem um grande número de atletas e todos os anos surgem novos praticantes a iniciarem-se nas escolas de jetski. A modalidade apenas precisa de mais apoios das entidades competentes, especialmente para viagens entre ilhas, que cada vez são mais caras, nomeadamente no que toca ao transporte do jetski.

COMO SE DESENROLA A COMPETIÇÃO EM TERMOS DE ILHA? PENSA QUE É O CENÁRIO COMPETITIVO IDEAL PARA UMA VERDADEIRA EVOLUÇÃO ENQUANTO ATLETA?
O campeonato local é composto por seis provas, sendo que, por vezes, também se realizam-se algumas competições extracampeonato, o que perfaz um bom cenário para quem se inicia no jetski. De resto, as condições que temos em termos de mar são excelentes, além de baías onde podemos andar de jetski em segurança

HÁ DIFERENÇAS ENTRE COMPETIR EM OUTRAS ILHAS E NO CONTINENTE?
Sim, as diferenças são muitas. Por cá, já conhecemos os nossos adversários, as condições do mar e os percursos, o que não acontece quando competimos noutras ilhas, em que as condições são diferentes. Já no continente corremos com os melhores em provas mais duras. As nossas mangas são de sete minutos, enquanto no nacional são 10 minutos e, por vezes, em rio, onde a água é mais pesada, tornando a condução do jet muito diferente daquilo a que estamos habituados

TECNICAMENTE, QUAIS SÃO OS GRANDES SEGREDOS DO JETSKI? QUE TIPO DE PREPARAÇÃO PARA UMA COMPETIÇÃO EM TERMOS DE TREINOS?
O grande segredo do jetski é não cair. Em qualquer prova, uma queda traduz-se em uma ou duas voltas de atraso. Um bom arranque também é muito importante. Tenho treinado muito os arranques, mas agora o que preciso é de fazer mais natação e ginásio para melhorar a minha preparação física, pois tenho de conseguir fazer uma prova de 10 minutos sem parar.

QUAIS OS SEUS PRINCIPAIS OBJETIVOS PARA O FUTURO NO JETSKI?
Quero continuar a competir nas provas locais e regionais, mas também gostaria de participar na Taça de Portugal. No entanto, para isso precisaria de muitos apoios e de um jet com um casco mais moderno. De futuro (e isto ainda não passa de um sonho), gostaria de ir a Lake Havasu, às finais mundiais. O ano de 2011 foi muito bom para mim em termos de classificações. Fui campeã regional em ski femininos e vice-campeã em ski juvenis. Também estive presente em Mirandela no Campeonato Nacional e Europeu, onde fiquei em 5.º lugar de ski juvenis femininos e em 6.º no Troféu Yamaha Superjet. O ano passado fiquei em 3.º em ski juvenis femininos no regional e local. 

Fonte: Diario Insular (01-08-2013)